VIAGEM AO ORIENTE

Olá pessoal, bem vindos a esta Viagem ao Oriente!!!
Este espaço é dedicado a todos aqueles que querem acompanhar esta minha trajetória e em especial a todas as minhas alunas e apaixonados pela dança!

Que a Dança do Ventre é uma arte sagrada, cheia de mistérios em relação as suas antigas origens e uma prática extremamente transformadora, todas as mulheres que iniciam o estudo desta arte sabem. O que eu nunca poderia imaginar quando inocentemente comecei a dançar, que ao me entregar a esta arte ela me levaria a caminhos tão distantes, que me levaria às suas terras de origem e me permitiria viver a plenitude de ser bailarina!
Após doze anos de estudo e profunda dedicação à Dança Oriental, chegara o momento de expandir, de estar mais perto da fonte e aprofundar os conhecimentos. A oportunidade estava ali, batendo à minha porta!
foi quando decidi que era hora de partir rumo a novas terras, rumo ao tão sonhado oriente!
Muita preparação física e psicológica, confecção interminável dos figurinos, estudo de inglês... mudança de vida total! E a saudade¿¿¿¿¿ Haaaaa, essa é a parte mais difícil, ficar longe da família, dos amigos, das alunas, dos mimis... do amor então, nem se fala!!! Mas vamos lá, as dificuldades estão aí para serem superadas. Tudo tem seu momento, um passo de cada vez, entender isso é fundamental para manter o foco e alcançar os objetivos!
Seguindo em frente – aprender a viver com duas malas de roupa... ops! Corrigindo: apenas uma mala, pois a outra é só para os figurinos! Para a maioria de nós mulheres esta é uma tarefa difícil, mais um desafio a ser superdo!
Malas prontas, passagem na mão, friozão na barriga, coração apertado na despedida... mas ao mesmo tempo confiante, feliz, a mente tranqüila e aberta para viver as experiências desta grande jornada!

Dubai


Passagem marcada para 19 de setembro de 2009, meu vôo saia de São Paulo para Dubai com escala em Amsterdan. Chegando no aeroporto de SP tive a feliz surpresa de conhecer três bailarinas que estavam indo no mesmo vôo, Jaqueline Braga, Adriana Coletti e Safyra, todas já trabalhando nos países árabes a mais de dois anos, eu era a única marinheira de primeira viagem!
Após 10 h de viagem descemos em Amsterdan, que bom estar com pessoas que já passaram e conhecem estes aeroportos gigantes!!! Tudo certo, troca de avião para seguir viagem.
Finalmente após um total de aproximadamente 24 viajando chegamos a Dubai! Vamos pegar as malas então (rezei muito pra que chegassem bem!). Logo todas as meninas identificaram as suas, mas onde estão as da Karina¿¿¿ Podem acreditar, mas não chegaram... Lá foi Jaqueline comigo fazer o registro das malas, imaginem só, recém chegada, o inglês precário, ter que enfrentar uma situação dessas... Santa Jaque!!!
Bom, para resumir as malas levaram dois dias pra chegar, eu não tinha nada comigo, nem roupas pessoais e nem figurinos... mas minhas amigas queridas me ajudaram muito, foram meus anjos, deu tudo certo!
Ufa... depois desta chegada turbulenta e um certo desespero inicial comecei a me situar e chegar realmente em Dubai. Meu primeiro contrato foi no Hotel Fairmont, no restaurante Yeldizlar. Lá dividi apartamento com a cantora libanesa Viviane Murad, uma figura e tanto, amiga muito generosa.
Trabalhei com uma banda de 5 músicos sírios muito bons. No inicio até pegar o entrosamento com a banda e principalmente dançar o Khalige (dança tradicional do Golfo) não foi fácil, mas tendo show todo dia não demorou muito para entrar no ritmo e pegar o pique!
Com o tempo fui aprendendo que o que o público árabe mais valoriza em uma bailarina é o carisma e a comunicação que ela estabelece com a platéia durante o show. Essa troca bailarina – público- público – bailarina é uma das características mais marcantes da Dança Oriental e também o que a diferencia dos demais estilos de dança. Para isso é preciso experiência de palco, maturidade, conhecimento musical e entendimento das letras, mas sem esquecer é claro de uma boa qualidade técnica.
Dubai é uma cidade cosmopolita, gente de muitas nacionalidades, indianos, filipinos, turistas de diversos países e árabes de diferentes regiões. Um lugar onde a cultura árabe mescla-se à ocidental e que vem crescendo rapidamente com incríveis e arrojados projetos arquitetônicos.
A religião entre os árabes é bem dividida, muçulmanos e cristãos, e mesmo com uma aparente modernização ocidental a religião ainda é muitas vezes uma barreira entre as pessoas. As mulheres muçulmanas no geral andam totalmente cobertas de preto, algumas não mostram nem os olhos, é impressionante de ver, para nós ocidentais difícil de entender... e os homens usam a gandura, sempre branca. Em relação as vestimentas é engraçado ver os contrastes, tem de tudo, mulheres cobertas dos pés a cabeça e outras de mini saia, vestido, blusas decotadas... tudo “normal” por aqui! É realmente um mix cultural, uma cidade que oferece turismo de luxo, grandes negócios e investimentos, e boas oportunidades de emprego para estrageiros. E foi minha porta de entrada neste fantástico Oriente!

Abu Dhabi - capital dos Emirados Árabes (UEA)

Após um mês em Dubai segui para meu segundo contrato, Abu Dhabi, no Hilton Hotel, restaurante Mawal. Lá trabalhei com apenas dois músicos, mas ambos muito profissionais, o show era ótimo.
Abu Dhabi é uma cidade tranqüila, com clima praiano, mas que vem crescendo e investindo, assim como Dubai, em modernas e arrojadas construções, porém em uma proporção menor que mescla-se com muitas mesquitas muçulmanas e o lindo palácio presidencial (Emirates Palace) que são obras primas da típica arquitetura árabe.
Abu Dhabi também é cede de eventos internacionais importantes como o GP de Fórmula 1, campeonatos de Futebol, campeonato mundial de Jiu Jitsu (esporte que vem crescendo no país e abrindo muitas oportunidades para profissionais brasileiros), dentre outros... tive a oportunidade e sorte de assistir ao show da linda super star norte americana Beyonce, grande artista, merece realmente o título e todas as honras!
Novas amizades para enriquecer a trajetória e muita tranqüilidade nestes dois meses de trabalho por lá!
Tudo muito bom, mas nesta vida de cigana a mudança é constante... hora de arrumar as malas e seguir para mais uma nova experiência, desta vez rumo ao norte da África: Tunísia!!!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda outro dia a Fátima perguntou se eu tinha notícias tuas, que coincidência... bom ... fiquei cansada só de ler os relatos, de fato a vida de dançarina no oriente é bem agitada! Que bom que estás bem ... segura e feliz... um grande beijo e sorte aí. Patricia Beresford.

 
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